Por hoje não falarei sobre saudade, das vezes em que maluco, quase sem forças tentei te esquecer...
Das noites em que saímos para a balada e terminávamos enrolados nas areias gélidas de uma praia do extremo sul, daquelas loucuras maravilhosas de passear pelos campos, rolar na relva verdinha enrolados em abraços, movidos pela força de um amor juvenil.
Não, não escreverei sequer uma linha sobre saudade, apenas sobre nossas baladas de mãos dadas, rostos colados e corpos grudados, para não perder a energia que vibrava em cada um, não quero sequer lembrar daquela noite em provei do seu sumo mais gostoso, penetrei de um modo louco um pouco de mim em você, tentarei não escrever sobre aquele dia em que chovia, chovia, à cântaros, como vovó dizia, e passeávamos nos campos, andávamos pela ruazinha estreita, quando à frente de uma frondosa mata, te convidei para entrar, nada quero falar sobre nossas noites de maluquices no sofá, o ranger que poderia alguém acordar, só por hoje quero esquecer a velha ponte de Floripa, aquele inesquecível passeio inesperado, juro que não quero lembrar, dos teus gemidos, dos teus pedidos...
Por hoje, não lembrarei da tua pose, das pernas jogadas ao ar, da beleza das tuas costas nuas e do teu inquieto, _vem, vem seu bobo.
Por hoje, não falarei do dia em que provastes do meu amor e saboreamos juntos nossos sabores, nossos calores, nossos odores e adormecemos e acordamos e novamente como insaciáveis, nos provamos.
Quero apenas dizer que sempre te amei, que apenas outro amor maior, encontrei.
Que nestas coisas de amor, não se mede a imensidão, apenas entregamos ...
Ao coração.
Por: Wcastanheira Sobre uma saudade inesperada, avassaladora, sobre uma pessoa esquecida ou...perdida?
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